sábado, 12 de novembro de 2011

Atualizado em 17/11/2012
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA 
 DOS NAVIOS NEGREIROS À LIBERDADE

Imagem: Correios
Os Correios lançam, na próxima segunda-feira (19), edição especial de selos homenageando o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, primeiro e único parque temático sobre a cultura negra do país. O lançamento acontece na União dos Palmares, em Alagoas. A imagem é uma panorâmica do parque, localizado na Serra da Barriga (AL), onde ficava o quilombo.
 No dia 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra em todo o país. Neste dia, no ano de 1695, morreu Zumbi, líder do quilombo e maior representante da luta contra a escravidão no período do Brasil colonial.
Leia mais em: http://www.dinheironaconta.com/2012/11/17/dia-da-consciencia-negra-parque-memorial-quilombo-dos-palmares-recebe-homenagem-em-selo/

IMPORTÂNCIA DAS MULHERES NOS QUILOMBOS

Dandara era uma guerreira do quilombo e Acotirene era sacerdotisa, aquela que orientava os guerreiros e seus planos de guerra no Quilombo de Palmares. A importância delas era vital, mas outra vez foram secundarizadas.  O racismo ocultou e transformou a história de Zumbi de Palmares, por muitas décadas, em uma lenda, retirando o caráter de herói para ser uma figura mítica, fruto da imaginação dos escravos brasileiros e seus descendentes. Podemos afirmar que, paulatinamente, o machismo acabou contribuindo para ocultar figuras tão importantes como Dandara e Acotirene e outras mais que perderam suas vidas heroicamente na luta contra a barbárie da escravidão
As comemorações alusivas ao dia da  Consciência Negra inclue peças teatrais ressaltando a luta de mulheres negras, entre elas Dandara, a rainha negra.
ATORES







No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África  para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açucar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados como animais. Trabalhavam de sol a sol, recebendo apenas trapos de roupa e  alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas  acorrentados e eram castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, mas, não conseguiram apagar suas raizes culturais.  realizavam seus rituais escondidos, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: A capoeira foi criada pelos negros.   As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos.
No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres, mas  o preconceito da sociedades fachava as portas para eles
A ESCRAVIDÃO NO BRASIL
FOTOS REAIS

FAZENDA SANTA CLARA - INSTRUMENTOS DE TORTURA

As senzalas eram alojamentos utilizados por senhores de engenho como abrigo para seus escravos. Construídas com barro, madeira, telha ou palha foram chamadas por Joaquim Nabuco como “o grande pombal negro”. Elas existiram juntamente com a escravidão, ou seja, entre os séculos XVI e XIX.

senzala2Além de abafadas, também eram desconfortáveis pela grande quantidade de pessoas alojadas ali.  se viam obrigados a dormir no chão – quase sempre de terra batida, em alguns locais, com palha. Há registros de senzalas que possuíam tarimbas: tábuas de madeira posicionadas a mais ou menos três pés de distância do chão. Apesar da precariedade, os homens dormiam separados das mulheres e das crianças. Os negros dormiam acorrentados.
     Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura

A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.

Em 1850, o Brasil aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.

ABOLIÇÃO
Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
Fontes:

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