Fonte: Gazetaweb - Regina Carvalho
Anunciada pela Secretaria de Estado da Defesa Social como uma tábua de salvação para ajudar Alagoas a reduzir o índice de criminalidade, o concurso público não deve nem amenizar os problemas nas delegacias alagoanas. É que seriam abertas – a princípio – 150 vagas para policiais civis e 25 para delegados. Números considerados insuficientes, segundo avaliação do delegado Arnaldo Soares de Carvalho, diretor metropolitano da Polícia Civil.
Segundo o integrante da cúpula da PC, esse concurso não vai “estruturar” as delegacias a ponto de provocar mudança substancial no trabalho investigativo feito pela Polícia Civil. “São mais de dez anos sem concurso público para essa área. Muitos anos de carência”, conta o delegado. Era necessário, pelo menos mais mil policiais civis e 80 delegados. “Do jeito que o concurso foi anunciado, parece brincadeira”, acrescentou Arnaldo Soares.
Cento e cinquenta agentes de polícia, nas contas do experiente delegado, não daria nem um policial “novo” para cada delegacia. Atualmente, cerca de 1500 policiais civis trabalham em Alagoas. Cada distrito deveria conta com o trabalho de trinta policiais, realidade diferente de hoje quando de dez a quinze estão na ativa.
O anúncio sobre a realização de concurso público na área de segurança foi feito no mês passado pelo secretário de Defesa Social, coronel Dário César Cavalcante, que acredita que a convocação de agentes, delegados e escrivães vai refletir em bons resultados no que se refere investigação e elucidação de homicídios. “E a tendência é piorar porque outros policiais vão saindo”, acrescentou Arnaldo Soares.
Pela proposta apresentada pela Seds, para o concurso seriam destinadas 25 vagas para delegado, 50 para escrivães e 150 para agentes de polícia e aconteceria ainda este ano. O objetivo é montar Departamento de Homicídios em Maceió e no interior.
Enviado por adepol em sex, 09/02/2011 - 22:27
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