O paco tem causado uma verdadeira aflição às famílias e às autoridades argentinas. Algumas canções argentinas fazem uma advertência aos jovens principalmente ao usuário e diz claramente a letra: "O paco te mata".
Além, disso, o "paco", um verdadeiro assassino serial que mata, destrói, decompõe a classe mais humilde. E, em muitos casos, leva os consumidores à criminalidade, tal qual o crack e outras drogas perigosas. “É uma droga muito barata, vinculada à exclusão e à fome. Tem se alastrado por bairros da periferia e atingido as pessoas de baixa renda.
Além disso é uma droga altamente viciante e que tem se constituído num flagelo para os Argentinos. O PACO escraviza de tal forma o viciado, que ele vive em função da droga, esquecendo até mesmo de alimentar-se. E como é uma droga que vicia muito rápido e é muito agressiva desde os primeiros dias, a Lidocaína tem sido usada como forma de camuflar a agressividade do produto, uma vez que Lidocaína é anestésica.
O PACO provoca lesões cerebrais e pulmonares, como também infecções e coágulos no sangue. Desde o começo do vício, a droga provoca infecções na boca e da garganta, e causa seqüelas neurológicas irreversíveis porque afeta os centros nervosos, provocando perda de reflexos, motricidade, inteligência e até memória.
O “paco” é considerado o “lixo da cocaína” ou “crack americano de segunda linha” sendo uma variante da pasta base de cocaína transformada em cigarro, que não necessita de muita infra-estrutura para ser fabricado. Seu preparo requer poucas instruções e é feito com instrumentos caseiros. A pasta é obtida através da maceração das folhas de coca, cujo percentual não ultrapassa a 10%, misturadas a desde ácidos convencionais até fibra de vidro moído (incluindo tubos de lâmpada fluorescente), com ácido bórico, lidocaína, fermento e solventes, como o querosene, a parafina, benzina ou éter, o que reforça o caráter de dependência rápida e, junto ao efeito intenso, apesar da curta duração de cada dose.
Os usuários dessa droga fumam entre 20 a 50 cigarros por dia, uma vez que seu efeito é efêmero e varia entre 2 a 5 minutos. O paco tem como um dos elementos mais nocivos o ácido bórico, um produto branco, cristalino - já usado como substância antiinflamatória abolida há anos na maioria dos países desenvolvidos por ser altamente corrosiva, provocando intoxicações no organismo. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde - OMS, o ácido bórico é muito tóxico e pode provocar danos ao fígado, cérebro, músculos da face e estômago. Atualmente o ácido bórico vem sendo usado na indústria da agricultura como fertilizante e regulador de crescimento e outros aplicativos.
Para se ter uma idéia do poder destrutivo do ácido bórico sobre o corpo humano, basta fazer uma experiência usando este ácido para exterminar baratas.
Use cebola picadinha polvilhada com ácido bórico e coloque as porções nas caixas de gordura e locais onde elas habitam.
Elas ficam galeguinhas, depois albinas e morrem. E como as baratas praticam o canibalismo, devoram as mortas e termina por exterminar o foco.
O uso continuado do paco pode provocar infarto, pneumonia, enfizema pulmonar e/ou hepatite. O tempo de vida do viciado ainda não dá para definir, mas avalia-se, pelos efeitos até então observados e os componentes utilizados, que a perspectiva é que seja menor que a dos viciados em crack, em que os usuários adultos costumam morrer antes dos cinco anos de vício
Os efeitos da droga são tão devastadores que esses jovens muitas vezes morrem seis meses após desenvolver o vício. E os que sobrevivem "perdem mobilidade muscular, porque os cérebros desses rapazes vão secando até que perdem a capacidade da fala, já que a pasta base, que não é mais que o resíduo da fabricação da cocaína, ataca diretamente o sistema nervoso central.
Os efeitos do Paco tem assustado até mesmo aos traficantes. No Rio de Janeiro o paco puro não teve aceitação. Usa-se uma mistura chamada craconha ou Kiss me. Não se sabe ainda se a pretensão é disfarçar o comércio do paco ou dar mais tempo de vida ao usuário, uma vez que já ficou provado que a sua capacidade do paco em viciar está muito acima dos outros psicotrópicos.
Médico especializado no tratamento de crianças envolvidas com drogas, Jairo Werner Junior, do Departamento de Estudos Específicos em Educação da UERJ, fez a seguinte afirmação: “O cérebro de uma criança que consome esse tipo de droga pode sofrer um processo de poda. Áreas do cérebro começam a se desligar e deixam de ser irrigadas pelo sangue. Isso causa seqüelas como problemas de aprendizagem, memória e surtos psicóticos”.
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