quinta-feira, 21 de novembro de 2013

AUMENTO DA CRIMINALIDADE E O INICIO DA DESINTEGRAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL ALAGOANA

A Policia Civil foi criada em 1975 pelo Governador Divaldo Suruagy, tendo a primeira turma de policiais civis sido nomeada em 23 de setembro de 1976. Cel. José Azevedo Amaral assumia os destinos da Policia Civil, exercendo o cargo de Secretário de Segurança Pública e alguns coronéis assumiam pastas importantes na estrutura da Segurança Pública.
Entre os integrantes da Cúpula da Segurança Pública podemos salientar as pessoas do Dr. Rivaldo Lins de Oliveira, Dr. Rubens Braga Quintela Cavalcante, Cel. José Estevão Rego, Cel. Gouveia, Cel Alcides Ferreira de Barros, Cel. Gerson de Melo Argolo entre tantos outros.
Haviam poucas delegacia, mais eram dotadas de carros possantes, como Veraneios, um sistema de rádio que persiste até a data de hoje, um efetivo suficiente para que a coletividade fosse atendida as vezes até durante a madrugada e todos trabalhavam com afinco movidos por um incentivo chamado gratificação por dedicação exclusiva o que significava que o policial não podia exercer qualquer atividade fora do âmbito policial. Para isso contava com uma gratificação de 100% sobre o seu salário.
Com o passar dos tempos essa gratificação por dedicação exclusiva foi substituída por subsídio. Daí começou a mexer com a estrutura policial e os agentes para complementar a sua renda familiar passaram a fazer bico, ou seja, passaram a trabalhar como seguranças em supermercados ou outras atividades. A dedicação exclusiva passou a perder o sentido.
O tempo passou e novos concursos foram abertos para suprir a vacância deixada pelos aposentados, mortos e aqueles que procuraram outros rumos. As delegacias contavam com um efetivo que variava entre 60 a 30 policiais, dependendo da demanda. Além disso ainda havia o assessoramento de militares que trabalhavam nas subdelegacias distritais.
Na época havia quatro distritos, as especializadas: Delegacia de Roubos e Furtos, Delegacia de Furtos de Veículos, Delegacia de Ordem Política e Social, Delegacia de Menores da Capital, Delegacia de Entorpecentes, Delegacia de Homicídios.
Com o crescimento da população e o surgimento das favelas houve a necessidade da criação de outras delegacias, principalmente na parte alta da cidade. Para isso tivemos a participação de um importante membro da segurança, o engenheiro Ten. João Evaristo dos Santos Filho, a quem se deve a criação das delegacias mais modernas e estruturadas do estado, como podemos observar as delegacias do 6º distrito, 8º Distrito. A subdelegacia da Pitanguinha deu lugar ao 7º Distrito, a subdelegacia do Conj. Eustáquio Gomes deu lugar ao 11º Distrito.
Alagoas conseguiu se destacar como polo turístico exigindo que fosse criada a Delegacia de Proteção ao Turista, tendo esta unidade sido instalada em um prédio acanhado,bem escondido, inacessível ao turista. A Delegacia  foi criada em 2003 e contava com um efetivo de 12 policiais. Tão escondida, que a estatística era praticamente nula, tendo sido extinta anos depois. Atualmente Alagoas é um dos únicos estados que não possui Delegacia de Proteção ao Turista. Em Aracaju a Delegacia de Turista Proteção ao Turista está localizada na orla marítima, mais precisamente num belo prédio de vidro azulado na Praia de Atalaia.
A Delegacia de Defraudações, de suma importância para o combate aos crimes de Estelionato e outras fraudes foi extinta como também a Delegacia de Homicídios que posteriormente renasceu das cinzas.
A delegacia do Meio Ambiente, também foi extinta, porque era necessário usar os policiais dessas delegacias para minorar a carência  das demais delegacias.
As novas delegacias foram criadas sem que houvesse previsão de efetivo. Então a saída foi tirar policiais de cada delegacia para compor o efetivo das novas delegacias. Dessa forma as delegacias fora se esvaziando ate que fosse inviabilizado o seu funcionamento das mesmas, forçando então a extinção de algumas delas.
A criação do adicional noturno longe de trazer a satisfação que havia anteriormente com a gratificação por dedicação exclusiva, vem causando sérios transtornos no meio policial, uma vez que os policiais passaram a dar preferências a determinados setores que recebiam mais adicionais que outros. Uma política bem injusta, uns ganham, outros perdem. Isto cria um certo clima de hostilidade no meio policial.
Grupos especiais foram criados como o TIGRE, a DEIC, a ASFIXIA, onde os policiais ganham em média 15 adicionais. As casas de Custódia, a Central de Polícia e outros setores ganham entre 12 a 15 adicionais noturnos. Então, não é preciso muito esforço para se delinear a crise que existe policiais.(uma crise branca), ou seja uma relação aparentemente pacífica, mas o descontentamento é evidente.

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