quinta-feira, 18 de abril de 2019

CATEDRAL DE NOTRE DAME - O QUE REPRESENTAM AS GÁRGULAS



Notre Dame foi considerada como Patrimônio mundial da humanidade desde 1991, sofreu um violento incêndio nesta segunda-feira. A catedral abriga inúmeros tesouros religiosos e artísticos, como vitrais, esculturas e pinturas, como também as relíquias da Santa Geneviève, padroeira de Paris, e de São Denis.
Alguns dos mais importantes para os cristãos são relíquias atribuídas a Jesus: a coroa de espinhos que acredita-se ter sido usada antes da crucificação; fragmentos de madeira da cruz; e um prego do Santo Sepulcro (templo cristão em Jerusalém onde, de acordo com esta fé, ocorreu a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo).
A coroa - adquirida pelo rei Luís IX em 1238 e conservada na Notre-Dame desde 1806 -, assim como a túnica do próprio Luís IX, foi salva do incêndio, segundo o reitor da catedral, o padre Patrick Chauvet.
AS GÁRGULAS



              
                           
            Texto extraído do site https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1rgula
As gárgulas, na arquitetura, são desaguadouros, ou seja, são a parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar águas pluviais a certa distância da parede e que, especialmente na Idade Média, eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas, comumente presentes na arquitetura gótica. O termo se origina do francês gargouille, originado de gargalo ou garganta, em Latim gurgulio, gula. Palavras similares derivam da raiz gar, engolir, a palavra representando o gorgulhante som da água; em italiano: doccione; alemão: AusgussWasserspeier.
Acredita-se que as gárgulas eram colocadas nas Catedrais Medievais para indicar que o demônio nunca dormia, exigindo a vigilância contínua das pessoas, mesmo nos locais sagrados.
Uma quimera, ou uma figura grotesca, é um tipo de escultura similar que não funciona como desaguadouros e serve apenas para funções artísticas e ornamentais. Elas também são popularmente conhecidas como gárgulas.
                                
História
O termo gárgula é majoritariamente aplicado ao trabalho medieval, mas através das épocas alguns significados de escoar a água do telhado, quando não conduzidos por goteiras, foram adotados. No antigo Egito, as gárgulas escoavam a água usada para lavar os vasos sagrados, o que aparentemente precisava ser feito no telhado plano dos templos. Nos templos gregos, a água dos telhados passava através da boca de leões os quais eram esculpidos ou modelados em mármore ou terracota na cornija. Em Pompeia, muitas gárgulas de terracota que foram encontradas eram modeladas na forma de animais.
Uma lenda francesa gira em torno do nome de São Romano (+ 641 D.C), primeiro chanceler do rei merovíngio Clotário II, que foi feito bispo de Ruão. A história relata como ele e mais um prisioneiro voluntário derrotaram "Gárgula", (La Gargouille), um dragão-do-rio (ou serpente-do-rio) que vivia nos pântanos da margem esquerda no rio Sena, em Ruão, e que afundava os barcos e comia as pessoas e os animais da região. Um dia, o bispo atraiu a Gárgula para fora do rio com um crucifixo, e usando seu lenço como cabresto, levou o monstro até à praça principal. Lá, os aldeões a queimaram até a morte.
Apesar da maioria ser figuras grotescas, o termo gárgula inclui todo o tipo de imagem. Algumas gárgulas são esculpidas como monges, outras combinando animais reais e pessoas, e muitas são cômicas.
Séculos XIX e XX
Gárgulas, ou mais precisamente quimeras, foram usadas na decoração no século XIX e no começo do século XX em construções de cidades como Nova Iorque e Chicago. Gárgulas podem ser encontrados em muitas igrejas e prédios.
Uma das mais impressionantes coleções de gárgulas modernas pode ser encontrada na Catedral Nacional de Washington, nos Estados Unidos. A catedral iniciada em 1908 é encrustada com demônios em pedra calcária. No século XX, o neogótico produziu muitas gárgulas modernas, notavelmente na Universidade de PrincetonUniversidade de Duke e na Universidade de Chicago.

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