quinta-feira, 9 de maio de 2013

CASO PC. FARIAS - O JULGAMENTO

Assim termina o julgamento da morte de PC e Suzana Marcolino. Militares são julgados inocentes.
Juiz Mauricio Cesar Breda
Começou segunda feira o julgamento dos supostos envovidos no caso PC Farias. Prestaram depoimento duas testemunhas: o caseiro da casa de praia onde o empresário foi morto, Leonino Carvalho, e o garçom Genival da Silva França, que serviu a última refeição do casal. Ao longo de todo julgamento, que deve terminar na sexta-feira, serão ouvidas 25 testemunhas, entre acusação e defesa. Peritos começaram a ser ouvidos desde o dia 08 de maio, no julgamento de quatro policiais militares acusados de envolvimento na morte de Paulo César Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino, há 17 anos. Os PM´s cuidavam da segurança de PC.
Está previsto para essa sexta-feira, 10 de maio de 2013 o julgamento dos envolvidos no caso PC Farias.
Observação bastante inteligente foi feita pelo promotor de justiça, Marcos Mousinho, quando disse que deveria ter sido feito exames residuográficos em todos que estiveram no local do crime. "Se havia suspeita de suicídio e havia muita gente no local do crime, o que deveria ter sido feito era determinar o exame residuográfico em todos para se tirar qualquer dúvida dos fatos. Mas o que se fez?
O policial militar Adeildo Costa dos Santos ao ser questionado pelo juiz Maurício Breda  repondeu que ouviu comentários de que o ex-patrão iria pôr fim ao namoro com Suzana Marcolino. O ex-segurança negou que tenha cumprido a ordem de um familiar de Paulo César Farias para deixar a residência e facilitar a morte de Suzana Marcolino em 23 de junho de 1996, na casa de praia do empresário, em Guaxuma. Alegou que Paulo Cesar havia se recolhido às 04h00 da manhã e havia pedido para ser despertado às 11h00.
O perito Daniel Muñoz, afirma que Suzana Marcolino tentou se defender do tiro antes de morrer. Ele se baseou nos resíduos nas mãos de Suzana – concentrados mais na palma do que no dorso – e afirmou que sua posição na hora do disparo era de defesa.
o advogado José Fragoso, chegou foi advertido pelo juiz Maurício Brêda por dizer que o perito cometeu um “erro conceitual” durante a reconstituição do crime, alegando que havia uma medição equivocada. Contudo, Muñoz se manteve calmo e explicou por duas vezes que não havia erro na medição apresentada. “Agora entendi”, respondeu o advogado, que demonstrou inquietação durante o depoimento do perito.
O perito Domingos Tochetto voltou a defender a tese de que a namorada de Paulo César Farias, Suzana Marcolino, não cometeu suicídio, mas foi assassinada. No quarto dia de julgamento dos quatro réus acusados de envolvimento na morte do casal, o perito afirmou que a ausência de sangue na arma e de material metálico nas mãos de Suzana indica que ela não empunhou o revólver encontrado no local do crime.
Domingos Tochetto disse ainda que o nitrito - elemento químico provocado por queima da pólvora - encontrado tanto nas mãos de Suzana como nas de Paulo César Farias pode ter origem em outros elementos como cigarro ou saliva e ressaltou a ausência de chumbo, bário e antimônio, elementos que não foram encontrados nas mãos dela".
Eônia Pereira, cunhada de PC, disse que o Augusto Farias cobiçava os bens do irmão. E que o patrimônio do ex-deputado cresceu depois da morte de PC. O ex-deputado já foi considerado suspeito de ser o mandante do crime, mas o caso foi arquivado por falta de provas.
Foto: Yahoo
A morte do empresário Paulo César Farias é um dos casos mais polêmicos da história do país. No entanto, uma análise da vida dos personagens do episódio e do desempenho da Justiça brasileira ao longo desses anos prova que pouca coisa mudou. Nenhum dos seguranças indiciados havia sido preso por ação nem por omissão.
A morte de PC Farias é um verdadeiro quebra cabeças para a polícia e para a justiça. A tese de crime passional é contestada com veemencia. Há um choque técnico entre os peritos criminais encarregados do esclarecimento da morte do casal Pc Farias e Susana Marcolino. O que mais tem prejudicado o esclarecimento do crime é o fato do local do crime não haver sido preservado de forma correta. Observe as fotos tema de controvérsias: A primeira mostra uma a ao lado esquerdo de Suzana (detalhe: dizem que Suzana era destra) Na segunda foto o revólver não aparece.
 
                   foto: www.searchyahoo.com            e foto: estadão
Da briga entre os legistas iniciada em junho de 1996, apenas uma ação foi julgada. De autoria de Badan Palhares, o processo pedia a condenação do perito alagoano George Sanguinetti, acusando-o de ter afirmado que houve falhas graves no laudo elaborado pelo autor da ação sem que fossem apresentadas provas. Por não comprovar quais erros haviam sido cometidos, Sanguinetti foi condenado a dois anos de prisão. Como era réu primário, pôde cumprir pena alternativa. “É uma coisa incrível. Mas de todas as irregularidades que aconteceram nesse caso, o único condenado fui eu. Meu erro foi contestar um laudo que era de interesse do estado, dos políticos e de muita gente poderosa”, alega o médico-legista, ao relembrar que apesar de indiciados, nenhum dos seguranças de Paulo César Farias que estavam na mansão no dia do assassinato foram presos até hoje.
Em outra ação movida por Badan Palhares contra George Sanguinetti, essa por danos morais, o legista pede indenização de R$ 97 mil ao inimigo alagoano. O processo aguarda análise do juiz desde abril de 2004. Sanguinetti, por sua vez, processou o atual deputado federal Augusto Farias (PTB-AL) também por danos morais. A ação foi protocolada em 1999 e ainda aguarda uma decisão.
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