REPRODUÇÃO |
As ondas binaurais foram descobertas em 1839 pelo físico e metereologista prussiano Heirich Wilhelm Dove, mas somente ganhou popularidade e reconhecimento científico no final do século XX, quando surgiram os rumores de que o uso das ondas binaurais poderia induzir relaxamento, criatividade e outros efeitos no cérebro. No entanto, a ciência das frequências binaurais é muito recente, nunca antes fora estudada por completo.
É possivel saber se seu filho está se drogando pela internet ou se apenas está ouvindo uma música irada? Este é um alerta aos pais. Já existe a droga Cibernética. Pelo menos é isso que o canal de TV Kansas News 9 está dizendo sobre um fenômeno chamado I-dosing, que envolve encontrar um traficante online que possa arranjar "drogas digitais" que dão um barato através dos fones de ouvido. Estejam atententos. O perigo pode estar dentro de sua própria casa.
Jovens e adultos têm buscado uma nova forma de se drogar sem sair de casa. A curiosidade tem levado os jovens à busca sites que possibilitem baixar programas que dão a sensação de bem estar, fuga da realidade, relaxamento, falsa ilusão de memorização mais eficaz, devaneios.
R E L A T O S
Os possíveis
perigos das e-drugs não parecem preocupar os jovens, que compartilham suas
experiências nas redes sociais, onde recomendam as melhores doses. “Senti chamas
em meus braços, que desciam gradualmente até os dedos dos pés, tinha a impressão
de que meu braço pesava uma tonelada e um dos meus dedos estava curvado. Então,
comecei a me sentir muito estranho. Foi "genial”, relata um usuário, que conta
ainda ter visto uma tartaruga, um elefante verde e até Papai Noel aos pés de sua
cama. As drogas mais populares da rede têm nomes sugestivos como orgasm, peyote,
marijuana ou lucid dream.
“Meu coração batia
muito forte e eu tremia como um louco. Após a dose, me acalmei e parou. Respirei
forte e achei que foi ótimo". Efeitos depois da dose: excitação e vontade de
fazer muitas coisas. "A vida é genial”, diz outra usuária. As sessões são
divididas por temas. Assim, é possível encontrar algumas prescritas para
desenvolver a imaginação, aproveitar mais uma partida de videogame ou atividades
esportivas, ou até mesmo para aumentar o prazer das relações sexuais". Texto divulgado na revista VEJA
Os adolescentes estão ouvindo sons como "Hand of God" "Gates of Hades", que está disponível de graça no YouTube (o primeiro sempre é de graça). Quem quiser uma "droga" mais potente pode comprar faixas que, supostamente, causam os mesmos efeitos da maconha, cocaína, ópio e mescalina. E apesar de as drogas vendidas na rua não virem com manual de instruções, quem estiver a fim de usar drogas digitais é aconselhado a comprar um guia de 40 páginas para saber como curtir um barato com o MP3.
As novas drogas começaram sua popularidade nos Estados Unidos da América e promete levar o ouvinte para os piores pesadelos ou um estado de calma e bem-aventurança, sob a premissa de que as substâncias não precisam ser injetadas, ingeridas ou fumadas, agora o som é o transportador chamada "dose numérica". Sites que distribuem estas trilhas sonoras, descreve o conteúdo e frequências de som com duração de 15 a 30 minutos para permitir, experimentar sensações diferentes entre os quais estão as alucinações.
Em sites de mídia social como o YouTube, reproduzem vídeos que mostram adolescentes que experimentam os "supostos" novos medicamentos. Na maioria das imagens são mostradas sentado ou deitado com fones de ouvido.
Os "níveis" numéricos são baseados na técnica de auscultadores batidas, que está relacionado com a emissão de sons semelhantes em cada orelha, mas com frequências diferentes, o que resulta numa alteração de ondas cerebrais, de modo que é necessário para a utilização fones de ouvido de alta definição. Essas seqüências causam um fenômeno neurológico, um tipo de som hipnótico, que termina quando o som pára. Segundo os criadores do programa, teriam efeitos interessantíssimos para aumento da capacidade cognitiva, melhora na memória, etc.
A venda destas bandas sonoras é administrada através da Internet, a cerca de US $ 200, e é semelhante à distribuição de mercado de drogas, uma vez que o local recruta uma rede de distribuidores ("concessionários") que são beneficiados por até 20% faturamento de "dose".
Ainda não há estudos de longo prazo sobre vícios relacionados ou seqüelas.
Antonio María Curta, ex diretor executivo do escritório da ONU para as drogas e o crime, reiterou que as drogas são prejudiciais para a saúde e devem ser reguladas. Neste sentido, o italiano recordou que as drogas permitidas e autorizadas como o álcool e o fumo matam a milhões de pessoas todos os anos e advertiu de que a legalização suporia uma epidemia global.
Veja o que diz José Milagre, CEO da
LegalTech. ITIL Foundation Certificate in IT Service Management. Advogado e
Analista de Tecnologia da Informação. MBA em Gestão de TI, Especialização em
Direito Eletrônico:
A linha que separa a impunidade da punição é muito tênue, eis que por um lado não há crime sem lei anterior que o defina, nem analogia para prejudicar o réu, ou seja, ninguém pode ser punido por estar ouvindo ondas sonoras que causam supostos efeitos semelhantes aos das drogas, até porque esta modalidade de "droga", podem ter certeza, não vem prevista na resolução Anvisa que regulamenta da lei de tóxicos (Lei nº 11.343/2006), prevendo quais as substancias entorpecentes.
O mundo virtual busca cada vez mais oferecer as percepções do real! Já tivemos comércio eletrônico, homicídios virtuais, casamentos virtuais, uma segunda-vida, com o Ambiente Second Life e agora, passamos a conhecer as CyberDrugs. Não é de hoje que comprovado está que determinados estímulos eletrônicos alteram as percepções dos serem humanos. Como exemplo disso, relembremos de um episódio em 1997, quando diversas crianças e adolescentes do Japão foram internados depois de assistirem a um desenho "Pokemon"[2], por causa do forte impacto visual do episódio, o que fez com que muitos telespectadores tivessem sintomas de uma epilepsia fotossensível, como vômito, desmaio e vertigem, dentre outros distúrbios.
Pelo menos por enquantoo usuário e o "traficante" do I-doser (se é esse o termo a se utilizar...) não podem ser punidos por ausência de previsão legal quanto à "droga eletrônica", determinadas posturas em comunidades e sites podem ser enquadradas como nítida incitação ou apologia ao uso de drogas (Arts. 286 e 187 do Código Penal). Não incomum verificarmos pessoas induzindo outras a tomarem a dose virtual após "fumarem um baseado" como se a maconha fosse uma "preliminar", outros sites chegam a enfatizar que o efeito é o mesmo e com um plus, esta droga ainda não é ilícita, ironizando com o legislativo, com frases do tipo "clique aqui para se drogar", "pare de enriquecer o tráfico" ou "o anonimato agora é infalível", "use sua droga em paz"...São posturas eminentemente criminosas e que sofrerão coibições por parte do Ministério Público, imagino!
http://www.gizmodo.com.br/socorro-adolescentes-estao-usando-drogas-digitais-para-curtir-um-barato/
http://www.salud180.com/jovenes/creciendo/conductas/drogas-ciberneticas-por-internet
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