A Proclamação da República Brasileira è um marco na història do Brasil, sendo considerado um golpe milirar ocorrido em 15 de novembro de 1889. Nessa època foi instaurada a forma Rebublicana Federativa presidencialista de governo do Brasil,, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Impèrio do Brasil, pondo fim à soberania do imperador, D. Pedro II.
A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação atualmente Praça da Repùblica, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, tendo um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal, Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país, ficando instituìdo um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente;(ambos alagoanos), como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiùva, Rui Barbosa, Camos Sales, Arestides Lobo. Demètrio Ribeiro, e o Almirante Eduardo Wandelkok.
Na concepção do Visconde de Ouro Preto, deposto em 15 de novembro, entendia que a proclamação da república fora um erro e que o Segundo Reinado tinha sido bom, e, assim se expressou em seu livro "Advento da Ditadura Militar no Brasil":
"O Império não foi a ruína. Foi a conservação e o progresso. Durante meio século, manteve íntegro, tranquilo e unido território colossal. O império converteu um país atrasado e pouco populoso em grande e forte nacionalidade, primeira potência sul-americana, considerada e respeitada em todo o mundo civilizado. Aos esforços do Império, principalmente, devem três povos vizinhos deveram o desaparecimento do despotismo mais cruel e aviltante. O Império aboliu de fato a pena de morte , extinguiu a escravidão, deu ao Brasil glórias imorredouras, paz interna, ordem, segurança e, mas que tudo, liberdade individual como não houve jamais em país algum. Quais as faltas ou crimes de dom Pedro II, que em quase cinquenta anos de reinado nunca perseguiu ninguém, nunca se lembrou de uma ingratidão, nunca vingou uma injúria, pronto sempre a perdoar, esquecer e beneficiar? Quais os erros praticados que o tornou merecedor da deposição e exílio quando, velho e enfermo, mais devia contar com o respeito e a veneração de seus concidadãos? A república brasileira, como foi proclamada, é uma obra de iniquidade. A república se levantou sobre os broqueis da soldadesca amotinada, vem de uma origem criminosa, realizou-se por meio de um atentado sem precedentes na história e terá uma existência efêmera!" Em relação à ausência de participação popular no movimento de 15 de novembro, um documento que teve grande repercussão foi o artigo de Aristides Lobo, que fora testemunha ocular da proclamação da República, no Diàrio Popular de São Paulo, em 18 de novembro, no qual dizia:
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No dia 21 de abril de 1993, a opção "república" obteve 86 por cento dos votos válidos, conferindo, finalmente, legitimidade popular ao regime republicano brasileiro. No mesmo plebiscito, o sistema presidencialista de governo foi legitimado pelo voto popular.
A criação do hino da repùblica deve-se a Leopoldo Amèrico Miguez e Josè Joaquim da Costa de Medeiros e Albuquerque.Leopoldo Miguez (1850/1902) - pai espanhol e mãe brasileira, nasceu no Rio de Janeiro, em 08 de setembro de 1850, onde morreu em 06 de julho de 1902, deixando numerosa obra. Republicano convicto, o compositor inscreveu-se no concurso aberto à composição do Hino à Proclamação da República, realizado em janeiro de 1890, obtendo, entre 29 candidatos, o primeiro lugar. Ele foi o primeiro diretor do Instituto Nacional de Música, criado após a Proclamação da República, para substituir o Conservatório de Música. Em 1937, o Instituto Nacional de Música tornou-se a Escola Nacional de Música. . Medeiros e Albuquerque (1867/1934) - , nasceu em Recife, PE, em 04 de setembro de 1867, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1934. O autor da letra do Hino da República era professor, jornalista, político, contista, poeta, orador, romancista, teatrólogo, ensaísta, memorialista, e membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Ainda no Império, foi nomeado professor primário.
Hino da Proclamação da República
Música: Leopoldo Miguez (1850/1902)
Letra: Medeiros e Albuquerque (1867/1934)
Música: Leopoldo Miguez (1850/1902)
Letra: Medeiros e Albuquerque (1867/1934)
Seja um pálio de luz desdobrado Sob a larga amplidão destes céus Este canto rebel, que o passado Vem remir dos mais torpes labéus! Seja um hino de glória que fale De esperanças de um novo porvir! Com visões de triunfos embale Quem por ele lutando surgir! Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz! Nós nem cremos que escravos outrora Tenha havido em tão nobre país... Hoje o rubro lampejo da aurora Acha irmãos, não tiranos hostis. Somos todos iguais ao futuro Saberemos, unidos levar Nosso augusto estandarte que, puro Brilha avante, da Pátria no altar! Liberdade!... | Se é mister que de peitos valentes Haja sangue no nosso pendão, Sangue vivo do herói Tiradentes Batizou este audaz pavilhão! Mensageiros de paz, paz queremos, É de amor, nossa força e poder, Mas da guerra nos transes supremos, Heis de ver-nos lutar e vencer! Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz! Do Ipiranga é preciso que o brado Seja um grito soberbo de fé! O Brasil já surgiu libertado Sobre as púrpuras régias de pé! Eia, pois, brasileiros, avante! Verdes louros colhamos louçãos! Seja o nosso país, triunfante, Livre terra de livres irmãos! Liberdade!... |
Fontes:
Música na Escola Primária, 1962, MEC (Ministério da Educação e Cultura)
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