terça-feira, 12 de maio de 2009

MERLA

Uma tal merla Entorpecente mais nocivo que o crack invade Brasília O governo do Distrito Federal acaba de concluir uma pesquisa sobre o uso de drogas na capital e cidades-satélites e chegou a uma conclusão surpreendente. O entorpecente mais consumido em Brasília não é a maconha ou a cocaína, nem o crack, que contamina São Paulo. A droga mais procurada pelos viciados é praticamente desconhecida em outras regiões do país, tem um poder de estrago muito grande e um nome muito feio: merla. De acordo com a pesquisa, feita pelo SOS Drogas, um órgão estadual, a merla é consumida por 51,5% dos usuários de entorpecentes. Em seguida vem a maconha, procurada por 49,8%. A cocaína está em terceiro, com 27% da preferência. O crack só é usado em Brasília por 2% dos usuários. Segundo o levantamento, feito a partir de mais de 3.000 entrevistas com viciados ou seus familiares, cerca de 90% dos usuários de merla são do sexo masculino, a maioria tem entre 16 e 18 anos e usa a droga há cerca de dois anos. "Já havíamos ouvido falar da merla, mas não tínhamos idéia de sua dimensão na cidade", diz Maristela da Fonseca, coordenadora do SOS Drogas. Segundo dados da pesquisa, entre os usuários de merla, 68,7% roubavam para poder sustentar o vício, 17% se envolveram com o tráfico para comprar merla e 20,5% já chegaram a tentar matar-se para fugir da síndrome de abstinência ou da depressão causada pelo uso continuado. A merla surgiu em Brasília como uma opção barata ao crack, já que custa metade do preço, mas acabou viciando não apenas quem tem orçamento apertado. Cerca de 30% dos usuários são de classe média e média alta. A merla é obtida a partir da pasta de coca, que chega ao Distrito Federal vinda da Bolívia, da Colômbia ou do Peru. Em laboratórios improvisados na periferia de Brasília, a pasta recebe produtos químicos como ácido sulfúrico, querosene, gasolina, benzina, metanol, cal virgem, éter e pó de giz. Tem uma consistência pastosa, cheiro forte e apresenta uma tonalidade que varia do amarelado até o marrom, dependendo do "fabricante". A droga do Centro-Oeste é normalmente consumida junto com a maconha, mas também pode ser fumada com tabaco ou pura. Seus efeitos duram cerca de quinze minutos e podem ser mais bem definidos por um dependente. "A primeira sensação é de bem-estar. Você parece que está nas nuvens e todos os problemas desaparecem. Depois uma inquietação toma conta do corpo da gente. Você se sente nervoso, agitado. Parece que todos estão te olhando. Você sente medo, vontade de se esconder, e foge. Foge de si mesmo, até a onda passar ou começar tudo de novo", diz ele, relatando as alucinações que vivencia. O problema é que, em função dos produtos químicos utilizados na sua fabricação, a merla não apenas alucina, mas corrói o organismo. "Ela é mais destrutiva que o crack". Vladimir Netto http://veja.abril.com.br/051197/p_072.html&h=344&w=248&sz=24&tbnid=UrrT85AwziTeXM::&tbnh=120&tbnw=87&prev=/images%3Fq%3Dmerla&hl=pt- O Fórum Permanente de Combate às Drogas promoveu, no dia (26)de março de 2009,no Teatro Gustavo Leite, do Centro de Convenções de Maceió, em Jaraguá, uma palestra com o tema ”Drogas: mitos e verdades”, ministrada pelo psicoterapeuta Paulo Campos Dias, da Universidade de São Paulo (USP). A palestra marcou o início das atividades do fórum em 2009, e teve como objetivo passar informações corretas sobre a verdade das drogas, além de orientar como os pais devem lidar com seus filhos para reconhecer os principais sinais quando estão usando droga e como se deve agir para evitar que o consumo ocorra. Noélia Costa cita, como exemplo, que as pessoas confundem ‘nóia’ com droga. Nóia é o estado emocional que o indivíduo fica quando usa droga. Assim como muita gente não sabe que MERLA é um subproduto da cocaína”, explica, acrescentando que hoje, a falta de informação é total. O evento teve o apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria de Saúde (Sesau) e da Secretaria de Assistência Social. Os alimentos arrecadados foram doados à comunidade Jericó, que cuida de dependentes químicos, em Marechal Deodoro. O Fórum Permanente de Combate às Drogas existe desde outubro de 2007. É suprapartidário e tem como foco o resgate, prevenção e educação. A próxima atividade deste ano terá como tema “Maconha: legaliza-se ou não?”, com palestra do deputado federal Fernando Gabeira, autor do projeto sobre descriminalização da maconha. Fonte: Assessoria

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